sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil.

UFBA – Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação
Programa de Formação Continuada de Professores – Município de Irecê
Curso de Pedagogia - Ensino Fundamental/ Séries Iniciais
Professoras: Ana Paula Moreira e Roseli de Sá
Ciclo UM – 2008.2
Atividade: Legislação e educação brasileira: Um painel através da música popular brasileira.
Tópico: A história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil.
Alunas: Ana Cristina F. de Souza Cordeiro, Elizabete Rodrigues N. Ribas, Josielma Silva Pires, Naura Célia dos Santos Silva, Núbia Barbosa dos Santos, Têiles Beatriz Meira de Freitas.

A história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil.

A história da estrutura e da organização do ensino no Brasil mostra a situação socioeconômica do país, todavia, além disso, revela o panorama político de determinados períodos históricos.
Na década de 1980, no Brasil, observamos uma estrutura socioeconômica uma tendência neo-conservadora com uma clara diminuição do papel do Estado de servidor de serviços públicos, como saúde e educação. Os avanços tecnológicos ocorridos ao longo da história, sempre procuram na escola um trabalhador cada vez mais capacitado e qualificado para ingressar no mercado de trabalho. Nesse aspecto surgem as críticas, em especial, pelo setor privado com relação ao poder público, uma vez que ele se ausenta da responsabilidade, no tocante a preparação e formação do indivíduo. Dentro dessa perspectiva, surge uma questão crucial sobre o papel social da escola: “é sua função formar para o trabalho, ou ela constitui espaço de formação do cidadão partícipe da vida social?”. (LIBÂNEO, 2003 p. 131).
O Banco Mundial defende que a educação básica deve ter garantia de ser mantida pelo Estado de forma gratuita, porém, não totalmente monopolizada pelas escolas públicas. Os neoliberais criticam tal monopólio, e defendem que disponibilize cheques com valor necessário para que os pais mantenham os estudos de seus filhos, e tanto as escolas públicas, quanto particulares disputariam tais cheques. Para os neoliberais isso seria a “política de livre escolha”. (LIBÂNEO, 2003 p. 132).
De acordo com a nova LDB 9.394/96, quando se refere ao direito à educação e o dever de educar, a lei visa garantir o acesso de todos, sem restrições, a educação gratuita. No inciso I, do Art. 4º estabelece o dever do Estado com relação à escola pública. “O ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria” (DEMO, 1997 p. 15,16).
De acordo com um estudo patrocinado pelo Banco Mundial a educação básica “é o pilar de crescimento econômico e do desenvolvimento social e o principal meio de promover o bem-estar das pessoas” (Exame, jul. 1996, p. 41 – 42, apud, LIBÂNEO, 2003 p. 132). Um dado alarmante é justamente a média do grau de escolaridade dos trabalhadores brasileiros que é de aproximadamente 4 anos, enquanto na Argentina é mais que o dobro, cerca de 8,7 e na França atinge quase três vezes mais, tendo uma média de 11 anos. Desta forma o Brasil dispõe de uma mão de obra desqualificada, prejudicando assim o processo de produção que tem sido a cada dia mais sofisticado.
É importante compreendermos que ao falarmos de educação e ensino, precisa fazer referência a outras questões que estão diretamente ligadas a elas: as questões econômicas, políticas e sociais. Com o processo de industrialização do Brasil, que acontece na década de 30, os acontecimentos políticos, e sociais vislumbram um novo perfil na sociedade brasileira. Daí a educação ganha um maior importância, entre 1930 a 1937, devido ao fortalecimento do Estado-nação, exige-se ações por parte do governo no que tange a organização escolar, em um plano nacional, pois o mercado começava a exigir condições mínimas para se concorrer ao mercado de trabalho.
O crescimento industrial no Brasil, com as suas novas exigências proporcionou um crescimento também na área da educação jamais visto antes, a prova disto é a criação do Ministério da educação e Saúde pública.

Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP), a reforma elaborada por Francisco Campos, ministro de Educação, atingiu a estrutura do ensino e o Estado nacional teve ação mais objetiva sobre a educação, oferecendo uma estrutura mais orgânica aos ensinos secundários, comercial e superior. (LIBÂNEO, 2003 p. 134).

A criação do Ministério de Educação seria o primeiro passo para que a educação no país pudesse ter uma referência para um crescimento mais conciso e eficaz.
Refletimos que a evolução industrial contribuiu para o desenvolvimento do país e o fortalecimento da educação, pois a intensificação do capitalismo industrial trouxe alterações significativas nas aspirações sociais no que diz respeito à educação, pois se exigia condições mínimas para concorrer no mercado de trabalho.

Referências:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia, São Paulo: Moderna, 2000.

BRASIL. Lei Federal n° 9,394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços – Campinas, SP: Papirus, 1997. (Coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).

LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J. F. de. TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Docência e formação; coordenação Antonio Joaquim Severino, Selma Garrido Pimenta).

terça-feira, 21 de outubro de 2008

AMIGAS

AMIGAS
ELI É AMIGA DE BETE
QUE VIVE A BLOGEAR COM ZABETE
FALANDO COM ELIZA O QUANTO
É BOM NAVEGAR NA NET.

LIZA CONVIDA IZA
E JUNTAS DESCOBREM CONHECIMENTOS
NA INTERNET.

PARA MELHOR COMUNICAÇÃO
PROCURAM A LISTA DE DISCUSSÃO
QUANDO SURGE DÚVIDAS,
LOGO APARECE SULE COM A SOLUÇÃO.

BRINCANDO COM AS PALAVRAS.

sábado, 18 de outubro de 2008

Linha de Tempo

Universidade Federal da Bahia-UFBA
Faculdade de Educação-Licenciatura em Pedagogia
Ensino fundamental/ séries iniciais/ projeto Irecê
Orientadora- Roseli Sá
Geac- Grupo de Estudo Acadêmico
Cursista- Elizabete Rodrigues Novais


Linha de tempo

Em 1969, acontecia um fato na história do Brasil, a libertação do comunista Gregório Bezerra, na capital do Recife. Naquele mesmo ano eu estava vindo ao mundo num povoado do município de Lapão-Ba.
Em 1985 Tancredo Neves adoeceu e faleceu antes mesmo de chegar a assumir o governo federal, Tornou-se então presidente da república o senhor José Sarney, que ocupava o cargo de vice- presidente. No mesmo ano eu estava concluindo o ensino do 1º grau no colégio Centro Educacional Cenecista Antônio Matos Filho em Aguada Nova, lugar pequeno que tinha mais ou menos dois mil habitantes.
No ano de 1986, fui morar com meus tios na cidade de Miguel Calmon-BA, onde iniciei os estudos do 2º com dois cursos: Magistério e contabilidade, prosseguindo somente com um desses cursos. (Magistério).
Nessa mesma época o Presidente da República José Sarney, convoca pessoas para assegurar o plano cruzado. Dois anos depois em 1989, eu estava concluindo o 2º grau, e o então Presidente da República José Sarney sancionava a lei do divórcio (17 de dezembro de 1989). No inicio dos anos 90, estava trocando alianças com o meu esposo Pedro Oliveira Ribas. Ainda no mesmo ano, final de dezembro nascia minha 1º filha. No Brasil vi o crescimento de Fernando Collor de Melo, também estava acontecendo no mundo a unificação das Alemanhas, que passa a ser comemorado anualmente como o dia da unidade.
Dois anos depois, iniciava na área da educação, trabalhando com sala multisseriada meu primeiro emprego.
No Brasil, mais precisamente na cidade de São Paulo acontecia a Chacina do Carandiru, morrendo 111 presos, no mesmo ano lançaram a nota de R$20,00, e também a seleção brasileira tornava pentacampeã mundial na copa do mundo, no mesmo ano nascia minha segunda filha. Em 1994, morria o piloto Airton Senna no circuito de Imola na Itália. No mesmo ano elegíamos o presidente Fernando Henrique Cardoso. Quatro anos depois, 1998 o presidente é reeleito e nascia minha terceira filha. Continuava lecionando agora não mais em sala multisseriada.
Quatro anos depois, em 2002 o Brasil elegia o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro presidente da esquerda governar pela direita, neste mesmo ano acontecia um acidente de carro com o meu esposo.
Em 2004 assistir pelos canais de TV a primeira crise política do Presidente Luiz Inácio. No mesmo ano passava no concurso de educação infantil na rede municipal de Irecê, um ano depois fui convocada para trabalhar. Acontecia no Brasil o escândalo do mensalão, provocando outra crise política no governo de Lula.
Em 2006, para melhor conciliar a vida pessoal e profissional mudava para a cidade de Irecê, no mesmo ano o Presidente Lula é reeleito. Em 2008 ingresso na Faculdade no curso de pedagogia e o Brasil escolhe seus representantes para prefeito. Em Irecê elegemos o senhor José das Virgens.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Comentário Produção Livre

Comentários da atividade: 2163 Produção livre com o professor Ney Wendel.

No dia 27 de setembro tivemos aula com o professor Ney Wendel, que de inicio já colocou todos os cursistas participante da atividade produção livre, demonstrarem seus dons produtivos. Mesmo sendo o dia todo, a aula foi bastante produtiva, desenhamos, cantamos, criamos poesias, apresentamos, dramatizamos enfim, como ele mesmo disse seria necessário disponibilidade, ousadia e criatividade e nos tentamos a todo o momento demonstrar esses requisitos, os trabalhos realizados em grupo deram a oportunidade de aproximar ainda mais o grupo selando assim a união de todos os cursistas.

Podemos perceber que através de pequenos símbolos transformamos em mensagens, expressando pensamentos, delicadeza, sensibilidade, criatividade, expressão corporal entre outros.
Parabéns á todos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Projeto de Leitura

ESCOLA MARCONDES BATISTA FÉLIX
PROJETO: LEITURA
AMBITO: LINGUAGEM ORAL
SEGMENTO: EDUCAÇÃO INFANTIL
GRUPOS: 05 A, B, C
PROFESSORAS: JOSIELMA SILVA PIRES, NAURA CELIA DOS SANTOS SILVA, ELIZABETE RODRIGUES NOVAIS
DURAÇÃO: PERMANENTE

PROJETO DE LEITURA
Ler é fazer uma viagem ao mundo dos faz de conta

JUSTIFICATIVA
Desde muito pequenas as crianças podem construir uma relação prazerosa com a leitura, compartilhando essas descobertas e dando sentido mais amplo para a cultura.

Dessa forma o momento é propicio para que as crianças valorizem e ao mesmo tempo possa despertar o gosto pela leitura tendo acesso á boa literatura e dispondo assim de uma informação cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer da leitura.

Pensando nisso e sabendo da importância que será para as crianças, resolvemos aprofundá-lo buscando escutá-las nas suas diferentes linguagens.

OBJETIVO GERAL
Fazer com que a criança tenha contato com diversas tipologias textual, onde poderão expor suas idéias, ouvir a dos colegas vivenciando e valorizando situações que o tornarão autônomos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão;
Valorizar a leitura como fonte de prazer e entretenimento;
Presenciar atos de leitura;
Apreciar diversas tipologias textuais;
Conhecer alguém que esteja envolvida com a literatura;
Assumir uma atitude curiosa frente a leitura a partir de textos diversos;

AÇÕES
Levantamento dos conhecimentos prévios sobre leitura obra
Apresentar livros que a escola dispõe
Leituras de diversos textos nas rodas
Recital e dramatização de poesias e contos

AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada ao longo do processo através das observações, registros individuais e coletivos dos alunos.

Diário de Ciclo

Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação - Colegiado Dos Cursos de Pedagogia
Ensino Fundamental/ Séries Iniciaid - Porjeto Irecê
Cursista: Elizabete Rodrigues Novais Ribas

Querido diário,

Foram alguns anos de espera, as expectativas eram muitas. Finalmente o grande dia! Ligaram da secretaria de educação para a escola na qual eu trabalho Escola Marcondes Batista Félix, situada á Rua Alto Bonito s/n, Loteamento Félix, que as inscrições para o curso de Licenciatura em pedagogia estavam abertas. Nossa! O coração disparou. Não acredito! Corri em direção à sala da colega Naura, dei a notícia e um abraço bem forte, dizendo: Finalmente! O coração parecia que queria pular para fora do peito. Foram momentos inesquecíveis.
Passada a euforia, programar toda a documentação, entrar no “site”, responder ao questionário sócio-econômico, imprimir boleto e aguardar.
Ficava pensando como seriam os professores, os colegas que ainda não conhecia. Meu Deus! Tempestades de perguntas sem respostas. Convocada para o processo seletivo. O nervosismo tomava conta de mim, mesmo sabendo que seria de inclusão.
A seleção foi feita através da escrita do memorial, garantindo o direito de classificação. Grupos se formavam a cada canto da escola Tenente Wilson Marques Moitinho, situada á Rua São Francisco, s/n. Nos dias 3, 4 e 5 de julho estava eu lá. Com certa timidez observava atentamente. Fiquei na sala com duas professoras: Márcia Sales e Fabrízia, as quais procuraram deixar o grupo bem à vontade para as reflexões dos textos: Carta á Professora maluquinha, Confesso que vivi de Pablo Neruda, a Carta da Dinda. Veio até a professora de Horizontologia! Todas aquelas pessoas da literatura só queriam contribuir para a escrita do memorial.
Confesso a todos vocês que me assustei um pouco, tinha momentos que não compreendia, em outros as palavras saltavam da minha boca. De repente! Uma viagem através da leitura do grande escritor Pablo Neruda, com o texto: “A palavra”.
Agora, quero compartilhar com você o significado dessa pequena e grandiosa palavra, digo, pequena, quando me refiro à quantidade de letras que uso para representar sua escrita, e grandiosa porque é através das palavras que deixarei minhas marcas durante todo esse curso.
Foi um longo caminho percorrido até aqui e deixar minha impressão registrada com palavras de conhecimentos adquiridos até esse momento neste curso.
Bem! Lembrando a você que, no momento, vou relatar apenas a atividade do grupo de orientação com a professora Solange Maciel, que tem contribuído com seus saberes para a construção do tão comentado Diário de Ciclo.
Imagine você, que fiquei pensando em como iniciar a escrita desse diário,
quando, de repente, em um dos encontros, uma pegadinha!
Refiro-me á pegadinha, porque a professora propôs um debate em grupo, um grupo á favor da escrita do diário e o outro contra á escrita do mesmo. Tarefinha difícil essa, não acha?
Pois encontrei dificuldade em argumentar contra a escrita do diário.
Todos nós sabemos que os registros são importantíssimos não só na área da educação, mas para todos os profissionais que atuam em diversas áreas.
Quaisquer que sejam os objetivos que nos mobilizam em relação ao registro por escrito, nele tematizamos o vivido na sala de aula, tematizamos nossa fala, nosso fazer de professoras. Enquanto na ‘aula’ nem sempre proferimos um texto organizados por nos, [...], ao tematizarmos a aula por escrito percebemos na construção mesma do texto. Percebemos nossa presença no modo como vamos evocando, selecionando e organizando nossas referencias [...] (FONTANA, 2003, p.168)

Foi a partir dessa discussão que percebi a valia de estar registrando diariamente sobre minha prática pedagógica. Esses relatos ou registros assim chamados arquivam informações valiosas a respeito de todo meu trabalho, através da prática de registro percebo avanços, dificuldades, vontades, desejos, o que deu certo, onde preciso melhorar etc. Porém, tendo a visão de refletir sobre meus relatos.
São essas reflexões que subsidiarão minha prática pedagógica.
Confesso a você que não tenho, ou, melhor dizendo, não tinha a prática de registrar diariamente. Tudo tem mudado na minha vida profissional graças ás contribuições que a atividade do grupo de orientação com a professora Solange Maciel proporcionou á minha pessoa como docente, analisando e refletindo sobre minha prática pedagógica.
“Através do diário podemos registrar nossos trabalhos e até mesmo nos corrigir, pois só na hora em que escrevo o meu diário eu vejo coisas que na hora da atividade não havia percebido.”
(Ana, C.J centro social do Brooklin)
A partir de agora eu vejo de outra maneira a forma de registrar minha prática, mesmo sabendo das dificuldades, como: sala cheia, sem auxiliar em período integral, mesmo assim quero romper barreiras, deixar de fazer registros só de vez em quando acredito que esse registro feito diariamente aproximará ainda mais os pais da escola porque também poderão ser socializados com os mesmos. Essa mudança já faz parte da minha vida.